Skip to main content
Notícias

Dados da audiência para impulsionar os negócios

By 8 de October de 2019No Comments

Por Belisa Figueiró

A quinta mesa do Reach foi dedicada ao negócio das plataformas digitais e como alcançar a audiência de maneira mais assertiva. Com o título “O caminho para a audiência passa pelos dados”, o painel reuniu Fábio Lima, da Sofá Digital; Luis Fernando da Silva, da Parrot Analytics; Tiago Lessa, da Globoplay; Jero Santamarina, da Eyelet; mediados por Paulo Pereira, da Desbrava.

O próprio Pereira começou a apresentação falando sobre a sua empresa, que analisa o comportamento dos consumidores em vários segmentos, inclusive no audiovisual. Pela coleta e análise dos dados, a equipe consegue destrinchar o público dos filmes e mostrar os resultados de market share das empresas produtoras e distribuidoras envolvidas.

Silva detalhou o que ele chama de “genoma do conteúdo”, baseado em dados que buscam entender o que, como e por que determinado conteúdo funciona. Nesse sentido, a Parrot desmembra o filme por personagens, história, atores, argumento, tema, gênero, elenco, diretor, empresa produtora e etc, inter-relacionando essas informações com os resultados no mercado de exibição. Entre os objetivos está a tentativa de descobrir o que as pessoas vão assistir a partir do que elas já assistiram, entendendo o perfil desse público para determinar o público-alvo nas campanhas de marketing de outras obras. 

Sobre a Globoplay, Lessa apresentou a plataforma em diferentes formatos e aparelhos, mostrando as potencialidades de coleta de dados do perfil dos usuários para poder oferecer novos filmes, séries, programas e etc. No entanto, ele foi enfático em afirmar que os dados são importantes, mas o que vai fazer a diferença é a qualidade do conteúdo que se entrega para o usuário. “Os dados ajudam a conectar as pessoas certas com o conteúdo certo”, afirmou.

Santamarina representa a empresa australiana Eyelet, dedicada à tecnologia de streaming, tornando os conteúdos “portáteis para qualquer lugar do mundo”. Isto é, o mesmo filme pode ser acessado independentemente da região em que o usuário está conectado à plataforma. Com isso, o modelo de negócio inclui oferecer até mesmo novos pontos de venda para os agentes ou produtores que detêm os direitos. 

Por fim, Lima falou especialmente sobre a Filmmelier, uma plataforma da Sofá Digital para divulgar os filmes que estão disponíveis nas plataformas digitais parceiras. A ideia é gerar dados e entender como a audiência escolhe os filmes e de fato pagam para assisti-lo. Ao ter acesso a esses dados, no entanto, Lima brincou que acaba tendo mais perguntas do que respostas. “Queremos ajudar as pessoas a escolher o filme, mas não exatamente influenciar. Eu acho que os algoritmos não conseguem fazer isso porque eles não têm dados suficientes”, disse ele.